Ficção em primeira pessoa
Eu admito. Tomei ácido no carnaval 2006. Tomei, sim, e dos bons. Daqueles que em menos de um minuto embelezam todas as meninas até onde a vista alcança. Que levam pra longe os odores dos banheiros químicos Big Walley. Que esfriam a cerveja e de lambuja ainda dão um refresquinho no sol. Que transformam algumas das pessoas mais insuportáveis do mundo em amigos de longa data. Foi uma good trip daquelas, onde as ladeiras sujas de mijo e vômito se transmutaram em highways de propaganda de Corvette.
Só esqueci de perguntar qual era a marca do ácido. O pior é que, agora, fica muito mais difícil descobrir. As mulheres já embarangaram. O fedor de uréia queima as narinas. Só sobrou Nova Schin no fundo do isopor sem gelo e muito menos tenho vontade de perguntar pros meus amigos bissextos, que a essa altura nem mais amigos são.
Só me resta esperar o carnaval 2007.
Só esqueci de perguntar qual era a marca do ácido. O pior é que, agora, fica muito mais difícil descobrir. As mulheres já embarangaram. O fedor de uréia queima as narinas. Só sobrou Nova Schin no fundo do isopor sem gelo e muito menos tenho vontade de perguntar pros meus amigos bissextos, que a essa altura nem mais amigos são.
Só me resta esperar o carnaval 2007.
3 Comments:
ano que vem,
se tu quiser,
a gente troca o "ficção" do título. :P
A marca do ácido geralmente é o mesmo nome das pessoas que te fizeram companhia na good trip.
danadinho..
ano que vem separa pra mim.
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